quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Resumo Estágio Supervisionado 3
Unidade 1
As cidades e suas possibilidades educativas
O Estágio I trouxe a oportunidade de re-avaliarmos nossa prática docente, ao mesmo tempo em que reconstruímos essa prática em outros paradigmas conceituais, teóricos e práticos, com nossos mapeamentos e cartografias, bem como nossas metáforas conceituais. Para muitos de nós, foi a oportunidade de termos as primeiras aproximações investigativas com espaços educativos, escolas, salas de aulas. Isso pode ter se tornado ainda mais desafiante também por termos uma orientação voltada para tais paradigmas conceituais, interacionistas, e com abordagens chamadas ideográficas - muito diferentes do que, em geral, fomos formados.
1.1 A cidade educativa : seus lugares , seus habitantes , seus ofícios , sua cultura
O desafio é olhar para a cidade de uma maneira diferente, nesse sentido trazido pelo poeta - olhar daquele que acaba de chegar, de quem acaba de nascer para a eterna novidade do mundo. Ver aquilo que nunca havíamos prestado atenção no contexto cotidiano, no dia a dia. Pensar a cidade enquanto um organismo vivo, dinâmico, que trás uma história construída ao longo dos tempos (seja ela recente ou de longa data), uma história feita pelos seus habitantes, cada um com suas relações, suas profissões, seus ofícios, sua cultura; a cidade formada, por seus lugares; físicos, afetivos, simbólicos. A cidade que é feita pelas mãos daqueles que as constroem.
[…] falar em produção do espaço é falar desse espaço como componente da produção social em geral […]. Isso é diferente de falar em organização, que ressalta a forma e o aspecto técnico dessa forma, que destaca também um sentido de exterioridade frente ao modo de produção da sociedade, um sentido de neutralidade frente a esse modo de produção. (CAVALCANTI, 2001, p. 13).
Aqui você deve se lembrar do conceito de cultura com o qual estamos trabalhando. A cultura diz respeito a todos os fazeres, saberes e viveres pelos quais as pessoas se constituem em seus lugares, nas suas cidades, nas suas terras. A cultura diz respeito às diferentes maneiras como as pessoas trabalham, produzem, pensam as mais diferentes profissões/ações que compõem a vida da sua cidade – a sua dinâmica, as particularidades de cada bairro. Orientamos para uma perspectiva em que
[…] torna-se relevante compreender a cidade como um lugar que abriga, produz e reproduz culturas. Na realidade, para a análise da cidade como modo de vida materializado cotidianamente, como ‘espaço banal’ (Santos, 2000), é mesmo imprescindível a consideração dessa instância cultural. (CAVALCANTI, 2001, p. 19)
1.2 Imagens : (des )construções - Proposta para um passeio etnográfico
Ver a cidade constitui-se ainda uma experiência corporal. Trata-se do corpo propriando-se do espaço da cidade e percebendo tanto o odor de um rio fétido, quanto a brisa suave no final da tarde. O corpo também está atento à violência, aos sinais de trânsito, ao asfalto quente, ao verde. Ele é tanto entidade formuladora de imagens quanto elemento constitutivo da imagem, pois é parte integrante da paisagem urbana. O corpo também é objeto de discurso. Papel ambíguo esse do corpo.Objeto e sujeito de discursos. (ARRAIS, 2001, p. 179)
Após os estudos e exercícios das unidades anteriores essa caminhada imaginária pela cidade, tomando para si tudo aquilo que este passeio pode ter suscitado, sugerimos que você “bote o pé na rua” e caminhe de fato pela sua cidade exercitando o que o conselho da professora Flávia Bastos:
Tornar o familiar estranho !!!
Frequentemente, a arte que existe em nossa vida cotidiana é invisível. No entanto, quando a arte local é interpretada a partir do seu contexto, essa interpretação aciona não só uma maior compreensão da arte em si, mas também uma análise crítica do sistema de produção e dos valores nela refletidos (...). O perturbamento do familiar descreve esse processo de tornar visível a arte e a cultura locais(...). (BASTOS, 2006)
As cidades e suas possibilidades educativas
O Estágio I trouxe a oportunidade de re-avaliarmos nossa prática docente, ao mesmo tempo em que reconstruímos essa prática em outros paradigmas conceituais, teóricos e práticos, com nossos mapeamentos e cartografias, bem como nossas metáforas conceituais. Para muitos de nós, foi a oportunidade de termos as primeiras aproximações investigativas com espaços educativos, escolas, salas de aulas. Isso pode ter se tornado ainda mais desafiante também por termos uma orientação voltada para tais paradigmas conceituais, interacionistas, e com abordagens chamadas ideográficas - muito diferentes do que, em geral, fomos formados.
1.1 A cidade educativa : seus lugares , seus habitantes , seus ofícios , sua cultura
O desafio é olhar para a cidade de uma maneira diferente, nesse sentido trazido pelo poeta - olhar daquele que acaba de chegar, de quem acaba de nascer para a eterna novidade do mundo. Ver aquilo que nunca havíamos prestado atenção no contexto cotidiano, no dia a dia. Pensar a cidade enquanto um organismo vivo, dinâmico, que trás uma história construída ao longo dos tempos (seja ela recente ou de longa data), uma história feita pelos seus habitantes, cada um com suas relações, suas profissões, seus ofícios, sua cultura; a cidade formada, por seus lugares; físicos, afetivos, simbólicos. A cidade que é feita pelas mãos daqueles que as constroem.
[…] falar em produção do espaço é falar desse espaço como componente da produção social em geral […]. Isso é diferente de falar em organização, que ressalta a forma e o aspecto técnico dessa forma, que destaca também um sentido de exterioridade frente ao modo de produção da sociedade, um sentido de neutralidade frente a esse modo de produção. (CAVALCANTI, 2001, p. 13).
Aqui você deve se lembrar do conceito de cultura com o qual estamos trabalhando. A cultura diz respeito a todos os fazeres, saberes e viveres pelos quais as pessoas se constituem em seus lugares, nas suas cidades, nas suas terras. A cultura diz respeito às diferentes maneiras como as pessoas trabalham, produzem, pensam as mais diferentes profissões/ações que compõem a vida da sua cidade – a sua dinâmica, as particularidades de cada bairro. Orientamos para uma perspectiva em que
[…] torna-se relevante compreender a cidade como um lugar que abriga, produz e reproduz culturas. Na realidade, para a análise da cidade como modo de vida materializado cotidianamente, como ‘espaço banal’ (Santos, 2000), é mesmo imprescindível a consideração dessa instância cultural. (CAVALCANTI, 2001, p. 19)
1.2 Imagens : (des )construções - Proposta para um passeio etnográfico
Ver a cidade constitui-se ainda uma experiência corporal. Trata-se do corpo propriando-se do espaço da cidade e percebendo tanto o odor de um rio fétido, quanto a brisa suave no final da tarde. O corpo também está atento à violência, aos sinais de trânsito, ao asfalto quente, ao verde. Ele é tanto entidade formuladora de imagens quanto elemento constitutivo da imagem, pois é parte integrante da paisagem urbana. O corpo também é objeto de discurso. Papel ambíguo esse do corpo.Objeto e sujeito de discursos. (ARRAIS, 2001, p. 179)
Após os estudos e exercícios das unidades anteriores essa caminhada imaginária pela cidade, tomando para si tudo aquilo que este passeio pode ter suscitado, sugerimos que você “bote o pé na rua” e caminhe de fato pela sua cidade exercitando o que o conselho da professora Flávia Bastos:
Tornar o familiar estranho !!!
Frequentemente, a arte que existe em nossa vida cotidiana é invisível. No entanto, quando a arte local é interpretada a partir do seu contexto, essa interpretação aciona não só uma maior compreensão da arte em si, mas também uma análise crítica do sistema de produção e dos valores nela refletidos (...). O perturbamento do familiar descreve esse processo de tornar visível a arte e a cultura locais(...). (BASTOS, 2006)
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