quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A CARTA



Carta das cidades educadoras
- Todos os habitantes têm o direito de gozar, em condições de liberdade e igualdade, dos meios e oportunidades de formação, lazer e desenvolvimento pessoal que a própria cidade oferece;
- a municipalidade deverá estimular a inovação, mantendo-se informada sobre o desenvolvimento em educação nos centros educacionais oficiais, assim como das iniciativas de educação nãoformal;
- a municipalidade avaliará o impacto das propostas culturais, recreativas, informativas, publicitárias ou de outro tipo que crianças e jovens recebem sem qualquer mediação;
- a cidade providenciará que os pais recebam formação que lhes permita ajudar os filhos a crescer e fazer uso da cidade em um espírito de mútuo respeito. Neste mesmo sentido desenvolverá projetos para educadores em geral e forças de defesa e proteção civil que dependem diretamente do município;
- a transformação e o crescimento de uma cidade deverão estar determinados pela harmonia entre as novas necessidades e a preservação de construções e símbolos de seu passado;
- todos os habitantes têm o direito de participar na elaboração de programas educativos. Serão oferecidos os instrumentos necessários para descobrir um projeto educacional na estrutura e administração da cidade, nas festas que organize e nas campanhas que planeje.
Colomer explica sua tese dizendo que as sociedades estão diante de um novo Renascimento urbano, a exemplo do movimento europeu que marcou a transição do período medieval. “Isso não é uma idéia irrealizável, mas um desafio para desenvolver um novo comunitarismo e novas formas solidárias de vida comum em oposição ao individualismo”, diz.
O professor lembra que as cidades livres do Renascimento surgiram como rebelião contra o modelo unitário de sociedade. “A cidade são as pessoas físicas que compartilham um território e uma cultura urbana, as construções e demais elementos da paisagem urbana, as idéias e conceitos, os valores e símbolos, a memória e o projeto de futuro que estamos construindo”, teoriza.
A prova de que não fazemos idéia da complexidade e abrangência do conceito educação é que quase não pensamos no potencial educativo dos municípios. Colomer chama a atenção para o fato de que esse potencial - a que denomina educatividade - não depende só de sua configuração estrutural (tamanho, organização espacial, sistemas de comunicação etc), mas também da disposição dos cidadãos à interação. Portanto, o primeiro passo é que os municípios invistam nos principais agentes da sua educação, que não são ninguém mais que a sua própria gente.
http://www.sinpro-rs.org.br/extra/nov_99/educacao_2.htm


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